sábado, 2 de dezembro de 2006

No limite da inteligência















No próximo dia cinco de dezembro, um servidor com quatro processadores, equipado com uma tecnologia desenvolvida ao longo de quinze anos, vai defrontar o campeão mundial de xadrez - Vladamir Kramnik.

Como conseguirá então, um simples homem, vencer a máquina, quando esta calcula entre oito a dez milhões de posições possiveis de jogadas em apenas um segundo ? Quando é apesentada uma base de dados, com quase todas, senão todas as possibilidades de jogadas conhecidas. Quando uma equipa de técnicos e conhecedores de xadrez a prepararam para ser invencível.

Será que Vladamir Kramnik vai conseguir fazer o que o mítico Kasparov não foi capaz de fazer ?

É que para além de toda a eficácia de Deep Fritz (a máquina), de todas essas vantagens, também acaba por não ter desvantagens. Isto é, passado horas de jogo não acusa nervos nem cansaço. Não está limitada por sentimentos acumulados até à hora da partida de jogo. A um stress pré, durante e pos jogo.

Portanto, o autor deste blog considera que nestes eventos sensacionalistas, para além da preocupação monetária inerente, também há uma ridicula procura por um super-homem. Apesar, da inteligência tal qual como fisico, ser um conjunto de mecanismos que pode ser treinado e aperfeiçoado, de ser um músculo que se for estimulado pode chegar muito para além do que aquilo que era ínicialmente ; tem um potencial, mas um potencial limitado. Pode crescer mas tem uma zona, um limite, um tamanho que não pode ser transposto. Logo, há uma fronteira inultrapassável. E portanto, mesmo o atleta de alta competição, por mais bem treinado que esteja, tem sempre um limite. E essa baliza não vai concerteza transcender-se ao ponto de vencer uma criação minuciosa trabalhada, durante vários anos, por centenas de especialistas. Isso seria, em última análise dizer ao mundo que há homens que nascem naturalmente muito mais evoluídos e capazes do que outros ou com um potencial extraordinário capaz de se desenvolver na caixa minuscula que é o nosso cérebro.

Talvez por o ego do autor persistir em não acreditar em génios ou em sobredotados, por persistir a crença do homem limitado à sua própria circunstância, que continua a achar que Deep Fritz nunca vai ser consecutivamente vencido.

De qualquer forma, o evento não deixa de ser interessante, principalmente se se chegar à conclusão que o campeão esteve em algum momento em vantagem.

4 comentários:

[ TOP 3 ] BlackJack disse...

Meu jovem aprendiz, escreves bem mas não fazes sentido na minha cabeça.
Repara numa coisa, a máquina nunca pode ultrapassar o Homem, porque quem faz a máquina é o Homem, e este tem limitações, logo o seu fruto nunca será "perfeito".
Dizes tu que é impensável um homem ganhar a uma máquina, eu digo-te o contrário. Quem construíu esse computador durante 15 anos, foram homens, e se calhar nem todos juntos têm o mesmo intelecto que o campeão do mundo. Por isso é muito provável que num primeiro, num segundo ou num terceiro, ganhe o Vladamir Kramnik.
A partir daí já estamos a contar com o cansaço psicológico e físico, e obviamente a máquina tem vantagem.
Mas o que eu quero dizer é que uma máquina NUNCA é superior ao Homem, pois o Homem é a única máquina Perfeita.

Crominho disse...

"Mas o que eu quero dizer é que uma máquina NUNCA é superior ao Homem, pois o Homem é a única máquina Perfeita. "

Nunca disse o contrário.

" e se calhar nem todos juntos têm o mesmo intelecto que o campeão do mundo "

Isso é que não faz sentido na minha cabeça. Completamente impensável, dezenas ou centenas de cabeças mais um sem número de experiências e dados diferentes serem vencidos por um só.

Mas ainda bem que pensas assim patolas :D . Fica a aposta no ar e depois do gymn pagas-me um jantarzinho ;)

GURU-JR. disse...

épa o gajo é parecido comigo.

Anónimo disse...

ja que falas e compreendes tambem o francês, nao hesites em dar uma vista de olhos no site desta chaîne de TV francesa :

http://www.bogdanov.ch/index.html?url='http://www.bogdanov.ch/Emissions-tv/Rayons-X/Speciale-Rayons-X-Cerveau.htm' :

" les frères bogdanov "

Rayons X est apparue sur nos petits écrans en 2002.
Cette émission hebdomadaire, d'une durée de deux minutes environ, traite de la science sous toutes ses formes : astronomie, géologie, physique quantique, technologie, médecine, zoologie, botanique, tous les domaines scientifiques sont abordés, d'une façon à la fois érudite et suffisamment vulgarisée pour être accessible à tous les publics

Outre la qualité de l'information donnée, Rayons X est rendue particulièrement attrayante par l'originalité de sa forme graphique : les images de synthèse y occupent une place prépondérante, jusqu'à prendre possession des animateurs eux-mêmes ! En effet, Igor et Grichka Bogdanov y apparaissent sous la forme de personnages numériques, figurant d'étranges clones 3D de nos jumeaux...

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http://www.radio-canada.ca/tv/decouverte/26_music/index.htm :

" Comment percevons-nous la musique? "

Les sciences neurologiques commencent à percer ce mystère.

Les chercheurs en arrivent à la conclusion que le cerveau possède des régions exclusivement dédiées à la perception musicale. Que ce soit la perception des intervalles, du contour d'une mélodie, de la consonance et de la dissonance d'une pièce, et même des émotions que la musique suscite, le cerveau musical est à l'œuvre.

Avec l'aide de neuropsychologues de l'Université McGill et de l'Université de Montréal, nous explorons le monde fascinant du cerveau et de la musique.
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